A "dieta mediterrânica", reconhecida pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade, é encarada como contributo indispensável para a promoção de um estilo de vida saudável.

O Centro de competências da Dieta Mediterrânica, constituído em 2018, assume-se como um fórum de pesquisas, de partilha e de articulação de conhecimento sobre a dieta mediterrânica, que agrega diferentes agentes potenciando a sua cooperação, nomeadamente nos projetos “TerritorialMEd: Salvaguarda e valorização da dieta mediterrânica” e “Salvaguarda da Dieta Mediterrânica para a promoção de um estilo de vida saudável e modelo de sociedade sustentável”.

Esta estratégia nacional para a promoção e salvaguarda da Dieta Mediterrânica conta já com a colaboração de várias entidades, nomeadamente as Direções Regionais de Agricultura e Pescas, que iniciaram o trabalho de constituição de Conselhos Regionais para a dinamização da DM na respetiva região. 

Na região Centro decorrem os trabalhos para a elaboração de um Plano de Ação para a Salvaguarda e Valorização da DM na Região Centro, com a colaboração de diversas entidades regionais, entre as quais a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, a Administração Regional de Saúde do Centro, a Direção Regional de Cultura do Centro, a Direção de Estabelecimentos de Ensino do Centro, o Turismo Centro de Portugal, Associações de Desenvolvimento Local da Região, a Associação de Pesca Artesanal do Centro, a Escola Superior de Hotelaria de Coimbra, as Instituições de Ensino Superior da Região, as Comunidades Intermunicipais da área de intervenção da DRAPC e algumas Autarquias.

Entretanto foi também apresentada e discutida uma proposta de Plano de Ação, constituído um Grupo Coordenador (GC) e definido um cronograma para orientação das próximas etapas. Paralelamente e, em linha com o trabalho desenvolvido no projeto Territorial MED, foram constituídos Grupos Temáticos (GT) (Agricultura e Sistemas Alimentares, Saúde, Território e Património Cultural e Turismo) para os quais foram convidadas diversas entidades e agentes da região com competências nas áreas da agricultura, laboratórios colaborativos, cultura, turismo, associações de aldeias, autarquias, investigação e ensino superior (cf. Folha Informativa n.º 5).

Uma vez constituídos os GT e, em sede de reunião do GC, foram avaliadas as propostas de integração recebidas, apresentadas e discutidas propostas de metodologia de trabalho e forma de governança do Plano de Ação, nomeadamente no que diz respeito à articulação entre Grupos Temáticos e Grupo Coordenador. Este trabalho de elaboração do Plano de Ação da Salvaguarda e Valorização da DM na Região Centro vai, agora, ter continuidade nos GT no sentido de se discutir e definir as ações a desenvolver em cada área temática.

Por sua vez, na região de Lisboa e Vale do Tejo foi criada uma Comissão Regional da Dieta Mediterrânica constituída por 4 Entidades da Região: Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT); Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR); Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) e Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia (A2S). 

Além disso, foi igualmente elaborado um Regulamento do Conselho Regional de Lisboa e Vale do Tejo para a Valorização e Salvaguarda da Dieta Mediterrânica que se encontra em fase de aprovação, estando também a ser finalizados os critérios de seleção das entidades que irão colaborar nos Grupos Temáticos do Plano de Ação da Valorização e Salvaguarda da Dieta Mediterrânica na LVT, um projeto que irá afirmar o território através de uma imagem de distinção e qualidade, centrada nas suas identidades e recursos.

De referir também que, no âmbito do Plano e Ação, foram identificados os quatro vetores de atuação: Identificação; Investigação e documentação; Preservação e proteção; Promoção, valorização e Transmissão, através da educação formal e não formal e, de acordo com o definido nas Sessões Regionais, foram elencados os objetivos estratégicos e as iniciativas, que serão objeto de análise e validação pelos Grupos Temáticos.

Posteriormente serão convidadas entidades que constituirão os grupos temáticos e irão ser responsáveis quer pela validação de todos os objetivos e iniciativas, quer pela identificação das ações que implementarão o Plano de Ação da LVT.

No Alentejo, no passado dia 9 de dezembro, foi realizada uma sessão de trabalho, para delinear o Plano de Ação na valorização da Dieta Mediterrânica na região. Este debate, integrado no Projeto "Salvaguarda da Dieta Mediterrânica para a promoção de um estilo de vida saudável e modelo de sociedade sustentável", teve também como colaboradores, entre outras entidades regionais, a Rede de Instituições de Ensino Superior para a Salvaguarda da DM (RIESDM) e a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Posteriormente foi criado um conselho regional/comissão organizadora para a dinamização e valorização da DM na região, integrado pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo (DRAP Alentejo), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR Alentejo) e ADRAL- Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo que serão as entidades responsáveis por coordenar os quatro pilares definidos no trabalho desenvolvido no projeto Territorial Med designadamente: Agricultura e Sistemas Alimentares, Território e Património, Turismo e outras atividades económicas e Saúde e Educação. Estes quatro pilares serão desenvolvidos sob o ponto de vista dos 4 vetores de atuação já enunciados anteriormente.

No âmbito dos trabalhos realizados este conselho entendeu fazer sentido participar na reunião do Fórum de Economia Circular do Alentejo (FECA) constituído já por diversas entidades com competências em razão de matéria na região. No âmbito deste fórum foi proposta a constituição/transformação desta comissão num projeto agregador de todas as áreas do FECA.

O desafio é enorme mas, para já, as várias entidades envolvidas nestes projetos promovem um rol de iniciativas de modo a dinamizar a DM, promover estilos de vida mais saudáveis e mobilizar a sociedade portuguesa em torno deste desígnio.

Fonte: Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, com a colaboração com DRAP LVT e DRAP Centro