O Centro de Competências para a Dieta Mediterrânica esteve presente com um stand na VII Feira da Dieta Mediterrânica que decorreu em Tavira de 5 a 8 de setembro de 2019.
A Universidade de Évora, em parceria com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, da Universidade do Porto (FCNAUP) e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) estão a realizar um estudo internacional acerca das alterações no comportamento alimentar que a situação de pandemia por COVID-19 tem vindo a causar.
“A dieta mediterrânea não é apenas saudável para os seres humanos, mas também para o meio ambiente e a biodiversidade” é a principal mensagem do 3º Encontro da iniciativa "Princípios da dieta mediterrânea para a Agenda 2030", realizado em fevereiro de 2020 e organizado pelo governo da Itália, com o apoio da FAO. “A dieta mediterrânica promove padrões locais de produção e consumo de alimentos, incentiva a agricultura sustentável, preserva a paisagem e tem uma pegada ambiental baixa”.
A Direção Geral de Saúde, editou um documento no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável, em que associa a Dieta Mediterrânica ao conceito de Economia Circular de uma forma bastante interessante e inovadora considerando, mesmo, que a DM “não é mais do que economia circular em estado puro”. Como se refere neste texto, “a dieta mediterrânica utiliza há milhares de anos os conceitos mais recentes da economia circular, sendo amiga do ambiente e também da saúde. Quem diria que esta nossa velha conhecida é tão moderna” e, acrescentamos nós, tão atual.
Tendo em conta que os futuros profissionais de cozinha terão um importante papel na preservação e transmissão das práticas alimentares tradicionais, consideramos que deverá ser enfatizada a DM na formação nas Escolas de Hotelaria e Turismo de Portugal. Assim, a FPCG – Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicase respetivas Associadas continuam a levar às escolas de hotelaria informação sobre práticas da DM, nomeadamente, no que se refere ao maior conhecimento dos produtos/receituário DM e, ainda, práticas culturais associadas a festividades pagãs e religiosas.
Está em curso atualmente no Município de Évora a iniciativa Km0, cujo principal objetivo é potenciar o consumo de produtos agroalimentares de origem local, e por essa via também dinamizar a produção e transformação dos mesmos produtos na região. Pretende-se, assim, contribuir para a diversidade e resiliência do sistema alimentar regional e para a valorização dos produtos de origem local.
A estratégia de desenvolvimento local participado e sustentável, que a IN LOCO implementa há mais de três décadas, coordena diversas iniciativas que convergem em processo de valorização da produção local e dos recursos endógenos.
Nesta situação de crise tríplice (sanitária, económica e social) destacam-se os projetos Prato Certo e 100% LOCAL pela importância que estão a revelar para a comunidade e para os produtores locais:
As situações de malnutrição (desnutrição, obesidade) e as doenças crónicas metabólicas não transmissíveis como a diabetes e as doenças cardiovasculares, emergiram desde cedo como fatores que agravam o prognóstico da infeção COVID 19.