Um novo estudo sugere uma forte correlação entre seguir a dieta mediterrânica e o aparecimento mais tardio da doença de Parkinson (DP). O trabalho, denominado por “MIND and Mediterranean Diets Associated with Later Onset of Parkinson’s Disease”, é da autoria de Silke Appel-Cresswell e de Avril Metcalfe-Roach, Adam Yu, Ella Golz, Mihai Cirstea, Kristen Sundvick, Daniel Kliger, Liam Foulger, Melissa Mackenzie, e Brett Finlay, da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), no Canadá.
“O estudo mostra que os indivíduos com doença de Parkinson têm uma idade de início significativamente posterior se o seu padrão alimentar estiver de acordo com a dieta do tipo mediterrânica. A diferença mostrada no estudo foi até 17 anos depois nas mulheres e oito anos depois nos homens”, explicou Silke Appel-Cresswell do Centro de Pesquisa do Pacífico Parkinson, do Centro Djavad Mowafaghian para Saúde do Cérebro e da Divisão de Neurologia da Faculdade de Medicina da UBC.
Nesta investigação analisou a adesão a esses tipos de dietas, MIND e mediterrânica, caracterizadas por ingestão reduzida de carne e foco em vegetais, frutas, grãos inteiros e gorduras saudáveis, e a idade de início da Doença de Parkinson (DP). Os investigadores descobriram que a adesão estreita a essas dietas coincidiu com o início tardio da DP em mulheres de até 17,4 anos e 8,4 anos nos homens.
A dieta MIND mostrou um impacto mais significativo na saúde das mulheres, enquanto a dieta mediterrânica faz mais diferença para os homens.
“Isto mostra a conexão entre o intestino e o cérebro para esta doença”, diz Brett Finlay, professor dos departamentos de bioquímica e biologia molecular e microbiologia e imunologia da UBC, e acrescenta, “mostra que não é apenas uma doença que a alimentação saudável pode afetar, mas várias dessas doenças cognitivas”.
Pode consultar o estudo aqui.
Fonte: Viver Saudável