A Agenda da Inovação para a Agricultura 2030 tem como “propósito fazer crescer a agricultura, inovando-a e entregando-a à próxima geração sem deixar ninguém para trás” e para isso define cinco objetivos estratégicos e metas até 2030.
“Mais Saúde: Alcançar uma população mais saudável, através de uma maior consciência em relação à qualidade dos alimentos, à segurança e riqueza nutricional dos mesmos e à valorização do consumo dos produtos de época e das cadeias curtas de distribuição” é uma das cinco intenções estratégicas, tendo por meta, aumentar a adesão à Dieta Mediterrânica.
Para cumprir o propósito e os objetivos estratégicos são definidos quatro pilares e destinatários:
Sociedade - Cidadãos conscientes do papel da sua alimentação na promoção da saúde e do bem-estar;
Território - Agentes do território que protegem o planeta e valorizam os recursos naturais;
Cadeia de Valor - Produtores inovadores e competitivos à escala global;
Estado - Agentes de Políticas Públicas que apoiam a agricultura e promovem o seu desenvolvimento.
A agenda define, ainda, 15 iniciativas emblemáticas, que se inserem nestes pilares.
A iniciativa Alimentação Sustentável insere-se no pilar Sociedade e pretende “fomentar o consumo dos produtos nacionais, regionais e locais e garantir a sua autenticidade; promover e valorizar os produtos endógenos, os produtos de qualidade certificada e a Dieta Mediterrânica; educar para a saúde e combater o desperdício alimentar”.
O pilar Estado estrutura-se em 4 iniciativas, das quais se salienta a Promoção da investigação, inovação e capacitação, com o objetivo de fazer com que a inovação seja o motor de transformação na agricultura e alimentação. Nesse sentido, investe na criação de uma Rede de Inovação que promova um ecossistema de inovação para estas duas áreas, fundamental para responder às necessidades atuais e futuras da sociedade.
A Rede de Inovação que está a ser criada, estrutura-se em 24 polos e deverá aproveitar as infraestruturas e redes de laboratórios que existem dispersos pelo país, modernizando-os e potenciando sinergias com outras instituições do setor da inovação e da investigação, criando uma estrutura de proximidade que promova dinâmicas locais e regionais, mas com uma abrangência nacional.
A Rede de Inovação deverá promover a articulação com outras iniciativas, nomeadamente os laboratórios colaborativos, centros de competências, universidades, politécnicos e outros centros do conhecimento, públicos e privados.
Na apresentação pública, a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, apresentou como exemplo o polo da Rede Inovação que irá funcionar em Mirandela e que terá como foco a revitalização das zonas rurais, o polo de Santarém centrado na mitigação e agricultura circular, o polo de Elvas na adaptação às alterações climáticas e o de Tavira na alimentação sustentável e na dieta mediterrânica.
Fonte: Rede Rural Nacional