A dieta mediterrânea, tradicional dos país que rondeiam o Mar Mediterrâneo, tem vindo a ser cada vez mais recomendada pelos profissionais de saúde para diminuir o risco de doença cardiovascular, de depressão e de demência.
Esta dieta baseia-se fundamentalmente na ingestão diária de cereais integrais, azeite, frutas e vegetais, leguminosas, oleaginosas, ervas aromáticas e especiarias. Há outros aspetos importantes que a distingue, designadamente, o ênfase às gorduras saudáveis, onde se salientam os peixes gordos. A água deve ser a bebida de eleição diária, sendo permitido à refeição a ingestão moderada de vinho.
Mas aquilo que de facto carateriza a dieta mediterrânea é que, mais do que um regime alimentar, este é um padrão alimentar que assenta em quatro pilares - a alimentação, convivialidade, sustentabilidade e estilo de vida. Destaca-se, a importância da atividade física diária salientando-se as atividades agradáveis e que mais de adequam a cada um.
A investigação científica tem vindo a demonstrar que a alimentação do tipo mediterrânica tem eficácia na redução do risco da mortalidade em geral. Salienta-se o seu efeito na redução da inflamação, da glicémia e do índice de massa corporal como os principais impulsionadores pelos resultados benéficos desta dieta. Um estudo realizado num grande número de indivíduos verificou que a dieta mediterrânica rica em azeite virgem extra e/ou frutos secos reduziu em 30% a morte por acidente vascular cerebral e diminuiu o risco de diabetes tipo 2.
A elevada composição em antioxidantes, presentes nas frutas e vegetais, contribuem também para a prevenção da alteração celular que ocorre no stress e em situações de inflamação. Esta é também uma particularidade importante já que contribuí para a prevenção de algumas doenças relacionadas com o envelhecimento, nomeadamente, a perda da função cognitiva e da saúde mental.
Os benefícios da dieta mediterrânica estão também associados a um menor risco de cancro e de obesidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem vindo, por isso, a identificar este como um padrão a adotar para prevenir e controlar doenças não transmissíveis que são atualmente a principal causa de morte mundial em indivíduos com idade inferior a 65 anos de idade. Este padrão é um padrão alimentar considerado um dos mais fáceis de seguir a longo prazo devido à sua flexibilidade e acessibilidade.
O padrão alimentar mediterrânico assenta num modelo cultural onde, cada vez mais, terá certamente impacto na saúde, economia, ambiente e turismo de cada região.
Saber mais:
https://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/healthy-weight/diet-reviews/mediterranean-diet/
https://www.who.int/nutrition/publications/nutrientrequirements/healtydietguide2012_emro/en/
https://www.eufic.org/en/healthy-living/article/the-mediterranean-diet
https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/dieta-mediterranica/
Fonte: Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, Turismo de Portugal IP | Nelson Carvalho